sábado, dezembro 27, 2008

quinta-feira, dezembro 18, 2008

"Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás"

Situação contradítória e encontradiça de nossa sociedade. Na aula de encerramento de nossa Fundação IDEPAC, o Presidente da Fundação explanava aos alunos a aula final no auditório, expondo a importância de continuar a buscar sempre o melhor, procurando fazer as coisas de maneira diferente para obter resultados diferentes.
Ao final da palestra todos os alunos foram acarinhados com a distribuição de um panetone a cada um. Os professores receberam igualmente um presente: uma cesta de Natal.
Eu estava ali. Reflexivo observei a todos, andei entre os alunos e professores. Conversei com muitos deles. Bati várias fotos e estava feliz pelo término de mais uma etapa, mais uma tarefa cumprida.
No calor das despedidas e desejos de votos para as festas natalinas entre professores e alunos, fui procurado por uma aluna, olhos marejados:
- Professor, posso falar com você?
- Claro. Diga!
- Por causa de pouco mais de um ponto não passei na sua matéria. E foi só na sua matéria...
Olhei o boletim da aluna em questão. Li o seu nome e na hora rememorei tudo o que eu já havia conversado com a professora da sala...
- Bem, você não atingiu a média proposta no início do ano, fez a recuperação e ainda assim não conseguiu obter a pontuação mínima...
Esclareço aos leitores que não fui o professor da aluna em tela, porém, sendo o coordenador da disciplina, ela veio à minha procura como se, ao conseguir falar comigo que supostamente estaria acima de sua professora pudesse resolver o problema que lhe afligia...
Felizmente, procuro ser diligente para casos mais delicados e já havia sido alertado quanto a aluna e já havia debatido a sua situação com a professora responsável.
Informado pela docente do descaso da garota com a disciplina, inobstante toda a ajuda proposta, além de aulas de recuperação a que nenhum aluno da sala compareceu, não hesitei em reafirmar a decisão da professora, não "aliviando" a situação para a discente.
Cabe dizer que a profissional responsável pela matéria é de minha inteira confiança, já havendo demonstrado outras vezes provas de competência e discernimento para casos mais espinhosos.
Pois bem, o diálogo seguiu pouco mais com a aluna informando que o diploma era muito importante para a sua mãe, etc. Ofereci o seu retorno para cursar novamente a matéria no ano seguinte ao que foi refutado de pronto. Perguntada sobre o motivo pelo qual não poderia cursar novamente, esquivou-se.
Sei que muitos profissionais do magistério diante de delicada questão dariam o ponto necessário e livrar-se-iam de um "problema" ou de "choramingos" de alunos desesperados.
Contudo, penso que lá estamos para formar profissionais. E afirmo sempre aos alunos que o mercado é impiedoso. Não perdoa. Eles devem ser os melhores. É claro que são jovens e escapadelas aos deveres são próprios da juventude. No entanto, por serem de baixa renda, a sociedade exigirá ainda mais deles. Devem mostrar que estão prontos e chegaram para vencer.
Expliquei pra ela que não era o fim do mundo. Disse-lhe ainda que um dia ela agradeceria tal gesto, apesar de toda a sua raiva momentânea.
Contrariada, ela aceitou os argumentos e viu que dessa vez, seu traquejo e jeito expansivo não a safariam do resultado desfavorável. Calou-se, despediu-se e seguiu seu rumo.
Nos dias de hoje muitos acreditam no poder do "jeitinho". Como se transformar um 4,75 em 6,00 fossem fazer toda a diferença. Penso que manter o 4,75 por ela atingido a tornará uma pessoa melhor. Torço para que ela enxergue que nem tudo ou nem todos se comovem ou se curvam diante de algumas lágrimas ou de um resultado contrário às expectativas, e que se deve unicamente por falta de empenho...
Chance? Todos os alunos tiveram. Alguns aproveitaram, outros desperdiçaram. Houve ainda aqueles que desdenharam da dita e creram que uma boa conversa pudesse resolver todos os males. Ledo engano.
Eu, assim como a professora da matéria estivemos de pleno acordo. Acreditamos que adversidades nessa idade ajudam a moldar o caráter. Ademais não poderíamos ir contra o que é pregado em sala: ética, moral.
Se queremos dias melhores para nossa sociedade, precisamos nos tornar a transformação que queremos para o mundo.
Endurecer sim, porém sem perder a ternura tão necessária ao ofício de formar jovens, cidadãos, profissionais...
PS: O autor do texto não gozou até aqui de "facilidades" obtidas de maneira estranha ao que se exige em cada prova da vida...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Conhecendo as pessoas (e a si mesmo)

Conhecer pessoas é definitivamente um dos meus prazeres prediletos!
Como gosto de ter a oportunidade de conversar, perceber gostos, preferências, inclinações, jeitos e histórias de cada um!
Não me refiro aqui àquelas situações que nos deparamos todos os dias quando saímos de casa e vestimos a roupa do nosso personagem; aquele verniz social que permite a convivência com outras pessoas em nossos trabalhos, escolas, rodas sociais enfim.
Faço sim alusão àqueles momentos em que nos deparamos com a essência de cada um; quando o íntimo fica à mostra revelando a personalidade enfim. É claro que às vezes descobrimos coisas que talvez preferíssemos não saber, no entanto, como é gratificante descobrir “coisas legais” nas pessoas! Nesse instante, acredito que de alguma maneira sentimo-nos acariciados pelo destino por termos a oportunidade de compartilhar um ou mais instantes, momentos, com pessoas tão especiais. Tentando traduzir o sentimento em palavras (tarefa árdua...), acho que é mais ou menos assim que me sinto quando isso acontece...
Tal sensação torna-se ainda mais “saborosa” quando se percebe “tais coisas” em pessoas que você supostamente já conhecia. Ultrapassa-se o “verniz social” e chega-se à sua essência...
Tive a felicidade nesse fim de semana de fazer tais descobertas.
Percebi também que quanto mais conhecemos as pessoas à luz de nossos pontos de vista, mais conheceremos a nós próprios (se estivermos “abertos” e dispostos a tal). Conhecer a si mesmo é como um caminho que sempre apresenta uma nova paisagem, além de ser atitude sábia. Conhecer a essência do próximo, criar a empatia e colocar-se a seu serviço de maneira fraternal é atitude solidária, atitude de amor. Amar nos dias de hoje é uma arte. Perceber o amor em pequenos gestos, histórias, jeitos, sorrisos e atitudes é bom demais! Torna-nos mais leves e propensos ao sorriso que tanto faz bem à nossa alma e ao nosso coração.
Passando por isso, avistei mais uma paisagem no caminho do auto-conhecimento a que todos nós nos submetemos ao longo da vida e pude descobrir “coisas” maravilhosas sobre pessoas realmente especiais e esse sentimento é espetacular...
Nossos olhos enxergam aquilo que está em nossos corações...
PS: Em todos os lugares nesse texto em que estiver escrito a palavra “coisa” ou “coisas” entenda-se como sendo aqueles sentimentos intraduzíveis por palavras...
Muita luz!

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Moacyr Franco

Diante de tantas notícias ruins que nos cercam no dia-a-dia, tenho procurado alimentar a minha alma de esperança e amor, valorizando muito mais os sorrisos e alegrias cotidianos do que as desgraças e misérias que assolam nossa humanidade...
Pois bem, tive o privilégio de conhecer um sujeito pra lá de incrível, um homem com uma história de vida fantástica, que transmite alegria e distribui afeto por onde passa e que comove com suas composições e canções: Sr. Moacyr Franco.
Explico: A Fundação IDEPAC da qual faço parte como professor voluntário, através de sua direção criou uma campanha visando arrecadar aparelhos auditivos e decidiu para o lançamento da empreitada, convidar o Moacyr Franco para um show no Club Homs.
Todos que conhecem esse senhor distinto, despachado e sorridente, dispensam-no elogios, mas conhecê-lo pessoalmente e trocar algumas palavras com ele, ainda que por alguns minutos é uma experiência ímpar.
Apesar de não ser um artista de minha geração, já que conto com apenas 33 anos, cresci ouvindo suas inúmeras canções no rádio apreciadas pelos meus pais em sua própria voz ou através de intérpretes que gravavam as suas músicas.
No dia do lançamento e show em questão (26/11/08) decidi levar minha mãe e sua amiga para o show e lançamento da campanha em questão. Minha amada mãe por trabalhar num dos projetos da Secretaria de Cultura de São Paulo - "Casas de Cultura", já havia tido contato com o Moacyr durante um evento, do qual guarda carinhosamente uma foto que tiraram juntos, sendo assim, não perderia nova oportunidade.
O "homem Moacyr" surpreende pela sua simplicidade e transparência. Foi até a nossa Fundação, examinou nosso Coral formado por jovens alunos e ex-alunos, passou-lhes algumas lições rápidas de canto, além de estimulá-los ao crescimento mantendo vivo o sonho por seus ideais. Ali o vi de carne e osso, a quem cumprimentei fraternalmente.
Já no evento citado vi o "artista Moacyr". Múltiplo, cantou e encantou com sua voz e carisma. Atuou no palco e foi também espectador pedindo a participação do público em algumas de suas canções (escolhia um velhinho da platéia para dar uma "sacaneada" com a sua música "Se vira nos 50"). Desfilou entre os presentes na platéia cantando com todos que o seguiam com câmeras e celulares para conseguir uma foto sua. Escolheu uma das mais velhinhas do público, levou-a ao palco e com ela cantou e dançou. A emoção da senhora era visível. Os presentes tomados de emoção acompanhavam todos os gestos com atenção. O show foi marcado por bom humor, carisma e risos que arrancava do público com suas piadas.
Outro ponto alto para mim foi o momento em que o homem e o artista se fundiram. Moacyr relata aos presentes sua dificuldade logo após deixar o Congresso Nacional em 1987, onde cumpriu o mandato de Deputado Federal. Permanecera 17 anos afastado da mídia e não conseguia voltar aos palcos e shows.
Contou-nos que numa noite chuvosa em que fazia um "show" num circo localizado em Guarulhos - SP para 15 pessoas, viu chegar do meio da escuridão e chuva um homem alto e que fora lhe pedir um favor:
- Sr. Moacyr, posso gravar uma música sua?
- Sim, mas quem é você?
- Tenho uma dupla sertaneja.
- Certo. E que música quer gravar?
- "Seu amor ainda é tudo".
- Está bem e como chama a sua dupla?
- João Mineiro e Marciano.
Pronto. Foi-se embora, aquele homem sumindo em meio à chuva e à escuridão de onde veio. O resto é história: Aquele álbum daquela dupla ganhou inúmeros discos de ouro, vendendo a estrondosa marca de 2,5 milhões de discos vendidos.
Nesse momento, o Sr. Moacyr aproveita para passar a lição: Para que nos lembremos de que quando a noite está mais escura, mais próximo está o amanhecer! E inicia cantando a canção imortalizada na voz da dupla. A emoção estava no ar, vi homens bem sisudos e austeros em seus ternos tentando esconder em vão lágrimas que insistiam em brotar dos olhos; mulheres acompanhando junto a canção e mais jovens como eu, mesmo sem conhecer direito aquele Senhor, cantavam igualmente a música que sabiam decor.
Logo após a execução de "seu amor ainda é tudo", cantou "ainda ontem chorei de saudade", música que também fez muito sucesso na voz da dupla.
Tudo muito bonito. Como se não bastasse, ao término do show, "Moa" disse que receberia a todos para fotos, autógrafos e abraços ali mesmo no "pé do palco". E assim fez.
Incansável, atendeu a todos. Eu não podia ficar indiferente a um ser humano com idéias extraordinárias e com senso de humanidade tão apurados. Aguardei a dispersão da turba de tietes, e na minha oportunidade disse-lhe: Parabéns por ser um homem fantástico! Abracei-o, dei-lhe um beijo fraternal em seu rosto e tirei também uma foto (a ser postada aqui em breve...).
Assim é o Sr. Moacyr Franco, um homem em extinção. Que cativa pela simplicidade, humildade e maestria artística.
Que nasçam novos senhores dessa "estirpe", que não perdem o seu semelhante de vista e nem o colocam abaixo de bens tangíveis!
Moacyr Franco ao saber do intuito da campanha não cobrou cachê para o show...

terça-feira, setembro 16, 2008

A tristeza ao lado...

Cena triste. Dolorida. Enquanto eu descia a Rua Padre Adelino rumo à Av. Salim Farah Maluf, no Tatuapé, cidade de São Paulo, ontem, por volta das 21:50 vi algo, infelizmente corriqueiro, mas que me chocou, comoveu. Enquanto eu estava confortavelmente instalado em meu carro, um modelo importado (porém, comum...), com bancos de couro, vidros fechados a me abrigar do frio e da possível violência, ouvindo boa música, aguardando o fluxo do trânsito; olhei para o lado e vi um garoto sentado no banco do ponto de ônibus. Aparentava uns 8 anos de idade, moreno, cabelos curtos, enrolados, negros. Trajava uma calça jeans, blusa de moleton e sandálias abertas. Estava absolutamente cansado. Dormia sentado sem apoio às costas, cambaleando para frente e para os lados, tentando dormir enquanto o corpo insistia em pender procurando cair. Ao seu lado, umas bolsas. Em sua mão uma cartela de balas que devia vender entre os carros quando o trânsito parava. O corpo pendia mas a cartela não desgrudava de seus dedos firmes. O corpo franzino. O frio e o cansaço a castigar...
Refleti. Lamentei. O nó surgiu em minha garganta. Eu acabara de sair da Fundação onde sou professor coordenador de uma das disciplinas lecionadas. Sou voluntário como todos os professores da instituição; e lá os alunos que têm entre 16 e 24 anos e são de baixa renda nada pagam pelo ensino. Estão lá em busca de qualificação profissional para ingressar no competitivo mercado de trabalho. Faço muito pouco, pensei. Absorvi minha parcela de culpa.
O trânsito fluiu e eu segui meu caminho. O garoto ficou lá. Sabe Deus por quanto tempo. Rumei para a solução das minhas pequenas questões, das ninharias e pequenices que me atormentam enquanto tantos lutam pela sobrevivência...
Hoje ao comentar a cena com um amigo ele me disse que existem alguns exploradores de crianças que não deixam elas entrarem no abrigo de moradores de rua enquanto não venderem todas as balas. Lamentei ainda mais.
Perdoe-me Senhor e olhai primeiro por aqueles que mais necessitam de ti!

quarta-feira, setembro 10, 2008

Daqui por diante - Barão Vermelho

Que angústia desesperada
Minha fé parece cansada
E nada, nada mais me acalma
Você pisou na flor
E esqueceu do espinho
Virou do avesso sem saber
Os nossos sentidos
Até aonde existe o amor
E suportar suas feridas
Até aonde existe a dor
De quem assume esta sina

Viver é um vôo pra felicidade
E a voz da verdade
Nunca fez caridade
E todo dia ao acordar
Eu vou querer saber
Que pedaço é esse que me falta
Que não me deixa esquecer

A dor, o pranto nos olhos
A fúria do seu olhar
Apesar de todo desencanto
Eu não desisto de amar
Não vai haver mais dor pra mim
Daqui por diante vai ter que ser assim
Não vai haver mais dor pra mim
Daqui por diante vai ter que ser assim
Vai ter que ser assim...
Vai ter de ser...

terça-feira, setembro 09, 2008

Medo

Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa medo significa "sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça; susto, pavor, temor, terror, receio".

Atualmente ando lado a lado com o medo. Nem à frente para que não me persiga, nem atrás para que eu deixe de avançar por ter que me depara com ele. Ao meu lado, vejo-o e desdenho. Ele está ali para que eu me lembre que posso avançar e que a evolução muitas vezes implica em superação. Se desejo a evolução naturalmente deverei superar o medo.
Esse sentimento que paralisa e que impede o avanço espreita, sonda, investiga e se aproxima pelo cheiro. Quanto maior o medo, maior a chance dele dominá-lo.
Hoje olho para o meu medo. Flerto com ele. Encaro-o e avanço. Sigo meu caminho. O caminho desejado do inexorável do progresso e da evolução...

quinta-feira, agosto 07, 2008

Nomes ao vento...

Janete, Kleber, Carla, Miguel, Janice, Viviane, Débora, André, Eliane, Maiken, Fábio, Elza, Marcos, Alexandre... Nomes que isoladamente e desacompanhados de seus sobrenomes identificadores de família podem dizer pouco a quem os lê, porém para mim, nos dias atuais, ainda que não saibam, têm feito (ou fizeram) toda diferença. Cada qual com a sua maneira, o seu jeito, a sua percepção das coisas e do mundo...
Na verdade o nome é apenas um identificador temporal e passageiro já que o espírito é imortal e a cada existência veste um novo corpo e por convenção utiliza uma denominação identificadora (nome). Alguns dos que acima estão, aliás, a maioria, não saberá que consta dessa lista ou desse ensaio, mas expresso nesse instante ao universo a minha gratidão a vocês por terem feito a diferença nesses dias de minha vida. Seja por um gesto, uma palavra ou mesmo horas de boa conversa. O tempo não importa, afinal, muitas vezes um único segundo ou uma única palavra podem fazer a diferença por toda uma vida.
A vocês espíritos amigos, companheiros de jornada, curta ou longa, de dias ou de anos, meu muito obrigado. Seus nomes não importam. Seus olhares, suas palavras, escritas ou faladas, seus pensamentos de bondade e luz é que prevalecem e eu os reconheceria em qualquer lugar ainda que transitoriamente usassem outro nome. Que Deus os ilumine e os abençoe cada vez mais!
Muita luz!

quarta-feira, julho 23, 2008

Pensamentos


Atualmente estou sem muitas palavras...
Mais ouvindo que falando... então deixo alguns pensamentos que têm habitado a minha mente...
Luz!

"Quem ama vive num mundo de amor,
Quem é hostil vive num mundo de hostilidade,
As pessoas que encontrar pelo caminho serão o seu espelho." (Autor desconhecido)
"A sua vida reproduz o seu pensamento" (Ditado popular)
"Você é o responsável pelo mal ou pelo bem que ocorre em sua vida" (Ditado popular).
"O bem que fizemos na véspera fará a tua felicidade no dia seguinte". (Prov. Hindu).

sexta-feira, julho 18, 2008

Energia


Já que falei em sinais no texto abaixo e por falta de vocabulário ou mesmo palavra que definiria melhor o que tentei explicar, chamei o que eu queria dizer de "energia".
Após a conclusão do texto "Sinais", iniciei a leitura do livro intitulado "Energia - Novas dimensões da bioenergética humana" de Robson Pinheiro e não é que encontrei lá a melhor conceituação da palavra "enegia"? (Seria um sinal? rs). Compartilho com vocês:

"A palavra energia deriva do nome grego energés, que significa atuar. Por sua vez, essa palavra provém de outra, érgon (obra, trabalho, ação). Assim sendo, a energia, em qualquer de suas manifestações, refere-se a algo real, efetivo, embora nem sempre perceptível, mas que atua de forma concreta no universo, produzindo efeitos variados. Em alguns casos, assume até mesmo o papel de causa e efeito, simultaneamente, a depender da ótica do observador. "

Gostei bastante do que encontrei. Sigo com a leitura do livro e ainda tentando fazer com que a energia que emito e que recebo traga o melhor (dentro do merecimento...) a mim e aos que me cercam...

terça-feira, julho 15, 2008

Sinais






Amigo leitor, por acaso você faz a “leitura dos sinais” que a vida diariamente lhe oferece?
É com certa atenção que tenho pensado nesse assunto nos últimos dias e agora me debruço sobre o tema para arriscar algumas linhas.
Percebi que o universo nos manda diariamente sinais que respondem às nossas dúvidas, inquietações ou angústias.
Os sinais vêm da forma mais variada possível: Pode ser um amigo a lhe dizer algo que tem tudo a ver com a situação que você está passando (ainda que ele não saiba de nada...); através de uma situação vivida por um estranho e que é muito semelhante ao que você está vivendo; um livro que por acaso vem parar em suas mãos cujo conteúdo seja bastante esclarecedor e digamos providencial... E por aí vai. A lista é imensa. O fato é que os sinais se apresentam de maneira muito sutil, delicada mesmo, quase imperceptível. Daí termos a sensação de que tivemos “sorte” por “isso ou aquilo” aparecer ou acontecer em hora tão oportuna.
O fato que explica tais coincidências ou acasos (para quem acredita nisso, pois não creio que as coisas ocorram por acaso) é que existem coisas imateriais que nos rodeiam e que não podem ser percebidos através dos nossos cinco limitados sentidos. Apenas para tentar me fazer compreender melhor, vou chamar isso de “energia”. Na verdade, o rótulo pouco importa. O que vale mesmo é entender o mecanismo.
Penso que em tudo há energia. Em seres animados e inanimados ou mesmo em estado de suspensão. Como se a energia vagasse pelo ar ou permeasse tudo e todos. Assim, podemos nos conectar com toda a energia que se encontra dissipada no universo. E como seres atuantes, também emanamos uma porção de energia. Logo, se a todo tempo pensamos no que desejamos ou no que nos aflige, de algum modo o universo “reagirá” a essa emissão de pensamento ou energia; e a resposta volta para o emissor inicial materializando aquela energia no que denomino aqui de sinais.
Inúmeras vezes reclamamos da vida, dos acontecimentos ruins, mas é fato que nós de certa forma atraímos tais ocorrências para nossas vidas. Algo que ainda não foi aprendido apresenta-se para que tenhamos uma postura diferente desta vez, o que possibilitará o crescimento, a evolução. Nascemos para ser felizes, para viver intensamente tudo o que a vida nos proporciona. E quanto maior for a nossa percepção de amor (em sentido lato), tanto maior será a sensação de bem-estar, conforto, contentamento, alegria infindável...
Fácil não? Claro que não! Aliás, atingir tal nível é bem difícil. Mas não conseguiremos nunca se não tentarmos. Caindo no lugar-comum, jamais chegaremos ao objetivo se não dermos o primeiro passo, e depois outro e outro...
Bem, se serve de consolo, a minha visão é a de os sinais estão aí para encurtar a jornada do erra-aprende, porém a percepção dos mesmos dependerá dos receptores desses sinais.
Faço o convite aos amigos para que, ao menos, tentemos enxergar essas circunstâncias, esses sinais, que se apresentam de maneira tão disfarçada. Não devemos ignorar o desconhecido, duvidar da força magnética do pensamento e da vida. Vamos atrair o melhor de hoje em diante. Vamos seguir rumo ao melhoramento e evolução individual que culminará na evolução do todo. Vamos “ler os sinais”. Muita luz!

quinta-feira, julho 10, 2008

Terapia da Gastança

Pois é! Muitas pessoas aliviam os seus pequenos desgastes diários, frustrações, tristezas e outros sentimentos negativos através de um boa compra.
Que o digam as mulheres! Não é assim que funciona? Uma mulher chega pra uma amiga e começa a elencar os seus inúmeros problemas sentimentais, afetivos ou mesmo financeiros e a amiga atenta arremata: Você precisa mesmo é fazer umas compras! Isso alivia qualquer “stress”.
Ao contrário do que se imagina, tal terapia não alivia somente as mulheres. Quem é que não gosta de comprar o que se deseja? Aquele objeto que você até sabe que é supérfluo, mas vai te fazer um bem enorme. Há tanto tempo você vem adiando aquela compra... Primeiro sempre vêm as obrigações, as prioridades, depois o supérfluo... se sobrar dinheiro! Aí é que está o problema. Nunca sobra dinheiro.
Então, muitas vezes, aproveitando aquela tristeza ou raiva à flor da pele, o indivíduo enche-se de ímpeto e resolve descontar no consumismo. É agora que compro aquela guitarra, ou aquele carro que venho namorando há anos. As mulheres já imaginam: Que as vitrines se descortinem e apresentem todas aquelas bolsas e sapatos e vestidinhos e casacos “LINDOS”. Pronto, lá foi ela acometida dos “5 minutos” de ira capitalista e consumista!
Quando vai ver, já foi! A felicidade de tornar-se o novo proprietário do objeto tão desejado embriaga a mente como uma poderosa droga e tem um efeito, muitas vezes, até que prolongado.
O problema nesse tipo de terapia é “meter os pés pelas mãos”. Endividar-se de maneira exagerada. Aí o que era pra ser um prazer, torna-se mais um problema a ser resolvido. O sujeito já entrou no que o autor de “Pai Rico, pai pobre” (que não me lembro o nome agora), chama de “círculo dos ratos”. Um infinito jogo de ganhar, endividar-se, ganhar, endividar-se.
De qualquer maneira, satisfazer desejos há muito acalentados (no caso em tela, desejos materiais) alegra a vida e faz com que trabalhar seja muito mais divertido. Não estou defendendo a idéia de que se deve somente trabalhar visando a remuneração. É mais que importante sentir-se realizado no trabalho desempenhado, mas afagar-se, presentear-se com qualquer objeto desejado, faz bem à mente, ao espírito e acima de tudo renova as forças necessárias para enfrentar dias cinzentos, sérios e cheios de obrigações a cumprir.

quarta-feira, julho 09, 2008

Relacionamento ideal x Relacionamento possível

Há uma mensagem muito forte passada pela mídia em geral (e que pega o nosso inconsciente de surpresa...) que o relacionamento afetivo ou familiar “ideal” é aquele do tipo “comercial de margarina”.
Nesse gênero de propaganda vemos os casais felizes, saudáveis e sorridentes sentados ao redor da mesa num farto café da manhã num belo dia ensolarado. Em algumas variáveis podemos ver os filhos do jovem casal. Naturalmente as crianças apresentam um aspecto físico ótimo, além de serem comportadas e igualmente com sorrisos nas faces.
Tudo apresentado no filme nos remete a idéia de felicidade absoluta em família. A música alegre, o dia perfeito, as brincadeiras (comportadas) das crianças, o amor que é “visto” no ar entre um carinho e outro do casal, acompanhado, é claro, de uma generosa porção de manteiga ou margarina num pão “brilhante” e fresco.
Esse tipo de imagem, erroneamente faz-nos crer que para se ter o chamado relacionamento familiar ideal devemos nos aproximar tanto quanto possível dos padrões ali determinados, naquela mensagem publicitária.
Vive-se em busca da família perfeita, sem problemas, com a saúde física e psicológica reinante em todos os membros da casa, do amor sem-fim. Do eterno conto de fadas. Ninguém pode acordar aborrecido após uma noite mal-dormida, ou simplesmente acordar mal-humorado. Estar, às vezes, simplesmente um "trapo" é terminantemente proibido na cartilha dos casais felizes.
Essas e outras características talvez respondam ao que muitos chamariam de relacionamento afetivo ideal ou “perfeito”. No entanto, somos humanos e como tais, somos suscetíveis às diversas variáveis que afetam nossas vidas. O estresse no trabalho, o trânsito caótico, a violência crescente, a falta de dinheiro, de emprego etc. Todos esses fatores entre outros, faz com que muitas vezes não estejamos dispostos a estar sempre sorrindo, a ser sempre gentil, cortês, solícito. E adivinhe quem são os primeiros a sofrer com o nosso descontrole, ainda que temporário? Os que estão mais próximos, a família, a namorada, os mais íntimos.
Já no relacionamento possível se conseguirmos reunir as qualidades do amor, da união, respeito, compreensão e, sobretudo, de uma grande capacidade de se colocar no lugar do outro teremos tirado a sorte grande.
Por acaso fazemos aos outros o que não gostaríamos que se fizesse a nós? Claro que não!
No relacionamento possível não viramos as costas aos problemas, mas os enfrentamos de cabeça erguida, com peito estufado e com um ar de “pode vir que eu tô preparado”. Nessa relação sabe-se que as dificuldades são inerentes à vida que levamos e própria mesmo do nosso habitat, um planeta ainda em lenta evolução composto por seres mesquinhos e egoístas em sua esmagadora maioria. Então não tem pra onde correr. O que vale mesmo é tentar ser feliz com o possível e esperar que tenhamos serenidade, maturidade e sabedoria para lidar com questões difíceis, delicadas, tristes e que certamente cedo ou tarde virão...
Na relação possível, vive-se num "mundo de verdade", sem o encantamento da ilusão, que tudo turva e distorce.
E como diz uma pessoa que neste momento me ajuda com algumas questões: “se está tudo aparentemente certo, sem nenhum problema, é porque está tudo errado”. Sem problemas ou dificuldades a serem transpostas não há evolução. Não há sentido. É claro que queremos ser melhores do que um dia fomos. Como dizia Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Então que venham os problemas e que possamos exibir antes de mais nada um belo sorriso de orelha à orelha ao lado de quem faz a vida valer a pena por todos os momentos de amor e felicidade, únicos na vida de simples humanos...

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Aprendizado...

Certa vez ouvi de um amigo advogado a quem eu tenho muito apreço (apesar de conhecê-lo pouco e de não vê-lo há muito tempo), uma frase que jamais esquecerei: "o maior patrimônio de um homem são os seus amigos". Logo após essas palavras que para mim foram impactantes e que permaneceram ressoando em minha cabeça durante muito tempo, ele seguiu com sua explanação e com seu ar didático e professoral, a me iniciar no mundo da advocacia (o ano era 2000 e eu tinha acabado de me formar...). "Dinheiro é importante, mas está longe de ser tudo. Se você tem amigos, você terá tudo cara! Informações, conhecimentos que serão transmitidos por amigos, empregos, dicas, tudo!"

Eu ouvia e concordava. Sempre prezei os meus amigos. Sempre procuro ajudá-los como posso e igualmente me permito ser ajudado. E descobri na prática, em vários setores da vida, trabalho, relacionamentos, família, entre outros, que os amigos muitas vezes fazem a diferença...




Pois bem, atualmente passo por um novo ciclo. Uma nova fase de minha vida. E mais do que nunca precisei dos meus amigos. E lá estavam eles de prontidão. Como se estivessem a me esperar. Trocando muitos dos seus afazeres apenas para oferecer solidariedade, palavras amigas, risos, conforto...





Para mim, nesse momento da minha vida, eles fizeram (estão fazendo...) toda a diferença.