Há uma mensagem muito forte passada pela mídia em geral (e que pega o nosso inconsciente de surpresa...) que o relacionamento afetivo ou familiar “ideal” é aquele do tipo “comercial de margarina”.
Nesse gênero de propaganda vemos os casais felizes, saudáveis e sorridentes sentados ao redor da mesa num farto café da manhã num belo dia ensolarado. Em algumas variáveis podemos ver os filhos do jovem casal. Naturalmente as crianças apresentam um aspecto físico ótimo, além de serem comportadas e igualmente com sorrisos nas faces.
Tudo apresentado no filme nos remete a idéia de felicidade absoluta em família. A música alegre, o dia perfeito, as brincadeiras (comportadas) das crianças, o amor que é “visto” no ar entre um carinho e outro do casal, acompanhado, é claro, de uma generosa porção de manteiga ou margarina num pão “brilhante” e fresco.
Esse tipo de imagem, erroneamente faz-nos crer que para se ter o chamado relacionamento familiar ideal devemos nos aproximar tanto quanto possível dos padrões ali determinados, naquela mensagem publicitária.
Vive-se em busca da família perfeita, sem problemas, com a saúde física e psicológica reinante em todos os membros da casa, do amor sem-fim. Do eterno conto de fadas. Ninguém pode acordar aborrecido após uma noite mal-dormida, ou simplesmente acordar mal-humorado. Estar, às vezes, simplesmente um "trapo" é terminantemente proibido na cartilha dos casais felizes.
Essas e outras características talvez respondam ao que muitos chamariam de relacionamento afetivo ideal ou “perfeito”. No entanto, somos humanos e como tais, somos suscetíveis às diversas variáveis que afetam nossas vidas. O estresse no trabalho, o trânsito caótico, a violência crescente, a falta de dinheiro, de emprego etc. Todos esses fatores entre outros, faz com que muitas vezes não estejamos dispostos a estar sempre sorrindo, a ser sempre gentil, cortês, solícito. E adivinhe quem são os primeiros a sofrer com o nosso descontrole, ainda que temporário? Os que estão mais próximos, a família, a namorada, os mais íntimos.
Já no relacionamento possível se conseguirmos reunir as qualidades do amor, da união, respeito, compreensão e, sobretudo, de uma grande capacidade de se colocar no lugar do outro teremos tirado a sorte grande.
Por acaso fazemos aos outros o que não gostaríamos que se fizesse a nós? Claro que não!
No relacionamento possível não viramos as costas aos problemas, mas os enfrentamos de cabeça erguida, com peito estufado e com um ar de “pode vir que eu tô preparado”. Nessa relação sabe-se que as dificuldades são inerentes à vida que levamos e própria mesmo do nosso habitat, um planeta ainda em lenta evolução composto por seres mesquinhos e egoístas em sua esmagadora maioria. Então não tem pra onde correr. O que vale mesmo é tentar ser feliz com o possível e esperar que tenhamos serenidade, maturidade e sabedoria para lidar com questões difíceis, delicadas, tristes e que certamente cedo ou tarde virão...
Na relação possível, vive-se num "mundo de verdade", sem o encantamento da ilusão, que tudo turva e distorce.
E como diz uma pessoa que neste momento me ajuda com algumas questões: “se está tudo aparentemente certo, sem nenhum problema, é porque está tudo errado”. Sem problemas ou dificuldades a serem transpostas não há evolução. Não há sentido. É claro que queremos ser melhores do que um dia fomos. Como dizia Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Então que venham os problemas e que possamos exibir antes de mais nada um belo sorriso de orelha à orelha ao lado de quem faz a vida valer a pena por todos os momentos de amor e felicidade, únicos na vida de simples humanos...
Nesse gênero de propaganda vemos os casais felizes, saudáveis e sorridentes sentados ao redor da mesa num farto café da manhã num belo dia ensolarado. Em algumas variáveis podemos ver os filhos do jovem casal. Naturalmente as crianças apresentam um aspecto físico ótimo, além de serem comportadas e igualmente com sorrisos nas faces.
Tudo apresentado no filme nos remete a idéia de felicidade absoluta em família. A música alegre, o dia perfeito, as brincadeiras (comportadas) das crianças, o amor que é “visto” no ar entre um carinho e outro do casal, acompanhado, é claro, de uma generosa porção de manteiga ou margarina num pão “brilhante” e fresco.
Esse tipo de imagem, erroneamente faz-nos crer que para se ter o chamado relacionamento familiar ideal devemos nos aproximar tanto quanto possível dos padrões ali determinados, naquela mensagem publicitária.
Vive-se em busca da família perfeita, sem problemas, com a saúde física e psicológica reinante em todos os membros da casa, do amor sem-fim. Do eterno conto de fadas. Ninguém pode acordar aborrecido após uma noite mal-dormida, ou simplesmente acordar mal-humorado. Estar, às vezes, simplesmente um "trapo" é terminantemente proibido na cartilha dos casais felizes.
Essas e outras características talvez respondam ao que muitos chamariam de relacionamento afetivo ideal ou “perfeito”. No entanto, somos humanos e como tais, somos suscetíveis às diversas variáveis que afetam nossas vidas. O estresse no trabalho, o trânsito caótico, a violência crescente, a falta de dinheiro, de emprego etc. Todos esses fatores entre outros, faz com que muitas vezes não estejamos dispostos a estar sempre sorrindo, a ser sempre gentil, cortês, solícito. E adivinhe quem são os primeiros a sofrer com o nosso descontrole, ainda que temporário? Os que estão mais próximos, a família, a namorada, os mais íntimos.
Já no relacionamento possível se conseguirmos reunir as qualidades do amor, da união, respeito, compreensão e, sobretudo, de uma grande capacidade de se colocar no lugar do outro teremos tirado a sorte grande.
Por acaso fazemos aos outros o que não gostaríamos que se fizesse a nós? Claro que não!
No relacionamento possível não viramos as costas aos problemas, mas os enfrentamos de cabeça erguida, com peito estufado e com um ar de “pode vir que eu tô preparado”. Nessa relação sabe-se que as dificuldades são inerentes à vida que levamos e própria mesmo do nosso habitat, um planeta ainda em lenta evolução composto por seres mesquinhos e egoístas em sua esmagadora maioria. Então não tem pra onde correr. O que vale mesmo é tentar ser feliz com o possível e esperar que tenhamos serenidade, maturidade e sabedoria para lidar com questões difíceis, delicadas, tristes e que certamente cedo ou tarde virão...
Na relação possível, vive-se num "mundo de verdade", sem o encantamento da ilusão, que tudo turva e distorce.
E como diz uma pessoa que neste momento me ajuda com algumas questões: “se está tudo aparentemente certo, sem nenhum problema, é porque está tudo errado”. Sem problemas ou dificuldades a serem transpostas não há evolução. Não há sentido. É claro que queremos ser melhores do que um dia fomos. Como dizia Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”. Então que venham os problemas e que possamos exibir antes de mais nada um belo sorriso de orelha à orelha ao lado de quem faz a vida valer a pena por todos os momentos de amor e felicidade, únicos na vida de simples humanos...
2 comentários:
O problema é que crescemos com o mundo irreal dos contos de fadas na cabeça. Depois, achamos que o mundo real é que é ruim, falso.
Há de se encarar a realidade com beleza nos olhos, com otimismo no coração.
Ótimo texto!
É muito bom poder desfrutar novamente, da percepção peculiar do meu brilhantíssimo amigo...rs.
Adorei o texto!
Acredito que devemos mesmo nos centrar em relacionamentos possíveis, até porque tudo em nossa vida tem seus altos e baixos, mas nada como um novo amanhã, para recomeçar e lutar pela felicidade que é o que todo ser humano deseja.
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