Eis que no corre-corre da minha vida, surge uma nova ocupação: administrador de gente. Pois é! Filosofando e divagando sozinho sobre a minha vida e as tarefas que têm demandado minha atenção, percebi que talvez, em essência, essa tem sido minha principal função como indivíduo nos últimos anos...
A família em que nasci, a família que estou formando, as amizades que tenho construído ao longo dos anos, colaboradores e parceiros no âmbito profissional, alunos da Fundação que tenho formado e estou formando, professores sob minha coordenação... E agora, uma nova responsabilidade e incumbência que "cai no meu colo": a missão de pensar e ajudar a gerir um projeto de colaboração a outras pessoas; a possibilidade de exercer a caridade em âmbito material.
De alguma maneira, penso que todas essas atividades encerram a idéia de que de algum modo meus gestos, atitudes e decisões geram certa "repercussão" nesses grupos com que tenho vínculo. Como se eu fosse responsável por uma parte microscópica do que ocorrerá na vida dessa "gente", seja devido a um pequeno instante de aula, ou do resultado de uma reunião ou bate-papo de algumas horas ou ainda de decisões que durarão uma vida inteira...
Pensar assim me faz refletir sobre o outro lado da questão: a responsabilidade e a colheita dos frutos de minhas ações. De que maneira minhas decisões vão interferir na vida dessas pessoas? Tenho agido da melhor maneira possível para com um ou outro grupo?
Não sou e não me acho nem um líder espiritual ou ser humano dotado de alta sabedoria para influenciar pessoas e mover grupos a grandes feitos. Também não estou em busca de holofotes e aplausos. Porém, sei da minha responsabilidade como indivíduo e dela não me esquivarei. Todas as tarefas que hoje demandam minha atenção vieram até mim de maneira absolutamente natural. Quem sabe como esse texto não inspiro ou desperto outras pessoas a fazerem o mesmo?
Considerando que administrar é gerir os recursos disponíveis de modo a maximizar os resultados, tudo farei para ser o melhor administrador possível, agindo no auxílio a todos que de algum modo estão ligados a mim, e ainda, em busca do meu melhoramento como ser humano. Gosto de pensar que talvez essa seja a minha missão espiritual: ajudar as pessoas a melhorarem de algum modo. Enfim, administrar gente.
Friso que este texto não tem sentido de ajuda financeira. Trata-se de cuidar dos recursos inerentes ao ser humano: comportamentais, emocionais, espirituais e somente em última análise, aí sim, que talvez possam gerar um pouco de conforto material .
Peço que Deus me ajude em minha jornada, iluminando o meu caminho para que meus passos sejam firmes e seguros sempre na direção do bem!
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